Cá estou eu de novo, após longa ausência! Não fui, ainda, atacado pelo famoso vírus da moda, não fui também viajar (infelizmente) … tenho é tido falta de tempo! Não que não tenha “cenas engraçadas” para narrar, mas realmente a falta de tempo tem sido a tónica. Novas formações, novos cursos, novos projectos, novas mudanças, enfim… só coisas boas!
Mas hoje não resisto e volto à escrita.
Ontem foi um dia muito sui generis! Aconteceram coisas muito “anormais”. Aliás nos últimos tempos a “anormalidade” tem sido uma presença constante … e ainda bem! Tem piada! Mas ontem dei por mim envolvido em teias curiosas. Após ter vivido uma cena típica da série “Donas de casa desesperadas”, que nem me atrevo a narrar, dei comigo a auxiliar um avô numa dificuldade – avaria do seu carro! Pediu-me ajuda e lá fui eu … sempre na linha da frente.
Numa superfície inclinada (no sentido da subida – não havia alternativa!) lá estava eu cheio de força a empurrar um todo terreno à velocidade espantosa de 1 metro por hora! Metro após metro (milímetro após milímetro), e com o dono do veículo no seu cockpit, lá empurrei e "desempurrei" durante uns largos minutos! Eu transpirava e dono da viatura desesperava. Cada um com sua função – bem haja o trabalho de equipa
O fim da aventura não parecia estar ao nosso alcance, mas eis se não quando… a preciosa ajuda chegou (foi nesse momento que percebi a lógica da frase: “O cão é o melhor amigo do homem!”)!!! Recebi o precioso auxílio de um cavalheiro, com cerca de 80 anos (mas em excelente forma!?!) e … (aqui reside a diferença) o seu cão, que carinhosamente era transportado no seu colo! O “Pirata”(nome do quadrúpede) foi sem sombra de dúvida o “click” necessário para desencravar a situação.
Como calculam uma batalha aparentemente perdida, transformou-se num sucesso ao nosso alcance. Vejam a diferença! Passamos de 4 patas a empurrar um 4x4, para 10 patas para o mesmo veículo (se bem que as patas do Pirata não sentiram o chão!). As forças agora estavam em desequilíbrio, mas felizmente a nosso favor…
Assim, por entre desabafos intermitentes que variavam entre: “Rai’s parta o carro, que ainda agora gastei 500 € nele!” (dono do veículo) ou “Tá quieto piratinha, que quero ajudar os senhores!” (precioso auxílio) ou ainda “Ufff…buuu….up” (eu, ou seja a única coisa mais parecida com forma motriz), lá fomos almejando nosso objectivo
Epilogando … tudo acabou em bem… ou quase! O carro acabou por ficar encostado (foi uma vitória, pois estava no meio da via!); o piratinha não sujou suas preciosas patinhas (não saiu do colo do senhor!), o idoso obteve uma dupla vitória (para além de não ter desamparado o piratinha, ficou com a ideia que ajudou imenso! E ajudou mesmo… numa gargalhada familiar que nos proporcionou!) e eu… que saio sempre vitorioso (!!!!), poderia reclamar do suor no corpo, das roupas que sujei, do esforço dispendido, mas… decidi sorrir e partilhar a minha história com a família, o que transformou um serão normal numa gargalhada geral em família!
Ainda estão a pensar que cena foi aquela típica do “Donas de casa desesperadas”? Quem sabe se não será para uma futura crónica. Agora estou indeciso… não sei se não seria antes uma cena típica de “O sexo e a cidade”! Sem querer estava lá no meio
Até lá… Sorriam!
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