terça-feira, 11 de maio de 2010

Pescadinha de rabo na boca

Pescadinha de rabo na boca… o sistema que temos!
Há expressões felizes! Esta é uma delas…menos para a pescada!

Tanta coisa poderia ser dita sobre a mesma, por isso acho melhor não acrescentar mais nada!
Kidding…
Este chavão pode ser usado em diversos campos. Hoje, vou usá-lo apenas num contexto – a geopolítica actual. Nos dias que correm, vemos a cada virar de página o fenómeno da pescadinha de rabo na boca. No fundo os nossos “líderes” têm a sua boca no rabo dos seus amigos. Este constante “diz que disse” cheira mal… muito mal, pelo que a explicação reside no facto de terem a sua boca no rabo do vizinho (daí o odor!).
Para quando erguermos nossas armas e por fim a isto?
Para quando vamos ter a força e coragem para correr com eles?
Estou cansado deste sistema, estou farto do mesmo! Estou cansado de receber pouco, de receber tarde e más horas e de ter que, de cabeça erguida, saldar meus compromissos. Estou farto de alimentar de forma íntegra (com trabalho) este sistema que apenas promove o despesismo, o parasitismo e a dependência. Estou farto de sorrir quando a vontade é gritar. Estou cansado de ser optimista, quando todos promovem o negativismo e a miséria.
Estou farto… deste polvo que nos controla diariamente que começa no mesmo ponto em que acaba e que pelo caminho deixa um rasto de oportunismo, de aproveitamento, de ausência de condutas morais, de exploração daqueles que ousam ficar fora dele, e que deixa um rasto de conivência, conveniência e subserviência dos que dele dependem.

Sr. Sócrates, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Gestores Públicos… nunca pensei chegar aos meus 35 anos e estar tão desiludido com toda a corja que vocês representam! Sempre acreditei em democracia, em liberdade, pois nasci com ela, cresci com ela e hoje… olhando para trás… desiludo-me, pois vejo-as apenas como palavras vazias de conteúdo e nada traduzidas em acções.

De quem é a culpa? Também é minha, claro que sim! Tanto mais que eu represento a “geração rasca”. E de facto a expressão assenta-me bem. Estou (à) rasca! A vontade é, deixando de lado, qualquer princípio de cidadania, pedir-vos que se lixem todos, porque eu mesmo à rasca vou continuar por aqui… a resistir e a crescer todos os dias mais um pouquinho, mesmo que me tirem o 13ª, o 14º... me tirem tudo! Mas há uma coisa que não conseguem tirar – os sonhos! Irei por aqui andar e sonhar…

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