terça-feira, 7 de maio de 2013

Triste este meu país!


Triste este meu país…

Portugal à beira mar plantado reúne encantos diversos, belezas sem igual, potencialidades imensas e… um povo triste, amorfo, desanimado e sem esperança.

Eu, enquanto português, incluo-me nesse grupo e lamento pertencer a um país que me amassa os sonhos! Nada que abale o meu orgulho luso e nada que me leve a cruzar os braços, embora essa tentação se faz sentir, a cada dia que passa, cada vez com mais vigor! Mas, já quase sem forças, resisto e grito (apenas dentro de mim) e luto (apenas na minha consciência) e trabalho, trabalho, trabalho (escape para a rendição) e vejo um futuro tranquilo cada vez mais longe! Sou refém de uma elite (não diria parola, mas oportunista) que condiciona o meu dia a dia e me arrasta, numa lenta agonia, em direcção à desilusão.

No meu quotidiano lido com pessoas, seres vivos diversos (alguns não pessoas) cujo espírito carece de ânimo e que, apesar da capa que envergo, me vai moldando os pensamentos e, lentamente, me vai conduzindo para uma maré global recheada desânimo. Trabalho com jovens, que olhando em frente, nada enxergam, nada definem, nada traçam…também eles, são já, parte dessa enorme maré!

Que fazer? Não sei! Mas sei… que não irei por aí (José Régio)! Continuarei trabalhando, lutando para que o meu microcosmos continue desfilando com classe! Continuarei resistindo para que possa ser a esperança para quem me dá valor! Continuarei sonhando para que possa ir vivendo! E continuarei a sonhar, sonhar, sonhar…pois, provarei que, neste país que insiste em me amassar os sonhos, vai sair a perder com o meu triunfo, com, a minha atitude, com a minha garra!

Para todos os rostos sem rosto, que me travam nesta caminhada, apenas os aviso… preparem-se, armem-se até aos dentes, é bom que estejam preparados…pois não respondo pelos meus sonhos… apenas existo para os viver! A eles tudo devo, e neles encontro a força necessária, para remar contra a maré.

Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

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