ANTOclismo®
Descarrego quando e quanto quero! Temos dias que é suficiente meia carga, outros, porém, nem a carga completa chega! Este espaço servirá apenas para um único fim: "clismar" o vai na alma do ANTÓnio. Os assuntos? Tudo o que seja necessário. Reflexões várias sobre ... as aprendizagens da vida!! Podem puxar o ANTOclismo. Enviem "coisas" para o seguinte endereço: apintogeo@gmail.com .
terça-feira, 19 de agosto de 2014
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
A chuva... a perspetiva otimista da coisa!
"Síndrome da Ex-Mulher"
terça-feira, 7 de maio de 2013
Triste este meu país!
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
sábado, 21 de janeiro de 2012
Impossível é não viver
Sabemos bem que é inútil resmungar contra o ecrã do telejornal. O vidro não responde. Por isso, temos outros planos. Temos voz, tantas vozes; temos rosto, tantos rostos. As ruas hão-de receber-nos, serão pequenas para nós. Sabemos formar marés, correntes. Sabemos também que nunca nos foi oferecido nada. Cada conquista foi ganha milímetro a milímetro. Antes de estar à vista de toda a gente, prática e concreta, era sempre impossível, mas viver é acreditar. Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos.
Além disso, é magnífico estragar a festa aos poderosos. É divertido, saudável, faz bem à pele. Quando eles pensam que já nos distribuíram um lugar, que já está tudo decidido, que nos compararam com falinhas mansas e autocolantes, mostramos-lhes que sabemos gritar. Envergonhamo-los como as crianças de cinco anos envergonham os pais na fila do supermercado. Com a diferença grande de não sermos crianças de cinco anos e com a diferença imensa de eles não serem nossos pais porque os nossos pais, há quase quatro décadas atrás, tiveram de livrar-se dos pais deles. Ou, pelos menos, tentaram.
O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixa-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.
Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhes que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz.
in Abraço, José Luís Peixoto, Quetzal, 2011
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
domingo, 18 de dezembro de 2011
Workshops Bit Bar 2012
https://sites.google.com/site/bitbarworkshops/workshop-inovacao-e-criatividade-um-caminho-para-a-empregabilidade
Teoria do caos... ou Portugal no seu melhor!
Já há muito tempo que não teclo e não reflito sobre o mundo actual e a minha visão acerca do mesmo. Falta de tempo, preguiça, falta de vontade ou simplesmente uma observação mais demorada, atenta e (incrédula) sobre a nossa realidade. Não sei bem a razão!
Hoje decidi levantar o ecrã e, em vez de gastar tempo no facebook, gastarei alguns momentos nesta reflexão, que não é sobre nada, nem sobre ninguém…é apenas minha!
Vivemos numa conjuntura histórica jamais vista, pelo menos para a minha geração. A histeria colectiva tomou conta de nós e as palavras que fazem sentido neste momento são: crise, dificuldades, obstáculos, impedimentos, perturbação, risco, obstruções, entre outras. Porquê? A meu ver a resposta não é tão complexa quanto se possa pensar. A situação resulta de um processo de detioração que se tem vivido nos últimos anos. Deixo apenas alguns pontos que me inquietam, e que já há muito ando a falar neles:
1) Cultura de promoção da incompetência – O mérito não é importante! Quem trabalha e apresenta resultados palpáveis é um incómodo! Está a mexer com o staus quo instituído e isso é uma chatice. Reparem na quantidade de empresas/institutos públicos, cujos directores e administrações (pagos a peso de ouro) apresentam resultados negativos e gestões ruinosas. No entanto há outros que, com poucos meios, fazem tanto pela vida de algumas pessoas! Mas estes... convém “tapar”, esconde-los, retirar-lhes o protagonismo e destaque que realmente deveriam ter. Quem trabalha e revela verdadeira eficácia, está condenado ao afastamento, ao esquecimento, ao desprezo. Os incompetentes têm o seu futuro assegurado, pois não agitam águas, não inovam, não criam, nada acrescentam e isso é que é bom, pois permite uma navegação em águas calmas. O meu tio J. Beckley tinha uma boa frase “a maioria das pessoas não planeia fracassar, fracassa por não planear”. Os incompetentes não planeiam…deixam-se ir!
2) Cultura do compadrio e amiguismo – Os incompetentes protegem-se uns aos outros! Valoriza-se e encoraja-se a lógica do amiguismo, do compadrio que não é mais do que a união dos menos capazes. O sistema está assegurado… foi criado e é mantido pela mesma teia, rede essa que é transversal a toda a sociedade, a todos os quadrantes políticos, a todos os actores de decisão. Mesmo mudando a figura que nos é vendida diariamente, as suas ligações multi-radiais desembocam em entroncamentos de figuras/imagens de si próprio. Qual cultura narcísica! Todos diferentes, mas todos iguais e todos nutrem uma paixão dissimulada por si mesmos, ou melhor por um qualquer que professe a mesma cartilha! O meu primo H. Ford dizia “o insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência”. Se esquecermos a parte da inteligência a frase aplica-se inteiramente a esses senhores, a cultura permite-lhes sempre começar de novo, aqui…acolá…em qualquer lugar!
3) Cultura de ausência de moral – que moral pode ter um incompetente! Que moral tem um incompetente para julgar outro incompetente? Julgar? Mas quem é julgado? Quem é responsabilizado por danos criados a terceiros? Como é confortável viver com a certeza de que fazendo o que fizermos não colhemos consequências, no entanto podemos provoca-las nos outros e… qual é o problema? O outro não sou eu! Eu estou protegido, o outro que procurasse o mesmo caminho! Olha-se para o ser humano (normal) como recurso humano e não como ser humano. Este fenómeno associado a valores cada vez mais pouco éticos, transforma a vida das pessoas numa espiral de mutações cíclicas, onde só os mais persistentes conseguem vencer…mas mesmo para esses começa a ser difícil! No entanto como dizia o meu avô Einstein “Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. O sucesso é consequência”.
4) Cultura de intervenção superficial – a nossa intervenção tem-se pautado por muitas palavras, muitas petições, muitos abaixo assinados, muitas manifestações, muitas boas ações, mas muito poucas ações eficazes! Estamos à beira da revolta devido a todo o conjunto de ações inconsequentes que vão sendo colocadas em prática. Não sou exemplo, não faço mais… também não tenho mais forças, confesso! O sistema montado exige demais… o meu avô afirmava convicto: "Exige muito de ti e espera pouco dos outros. Assim, evitarás muitos aborrecimentos". Tenho andado muito aborrecido!
ACREDITAR…é a palavra que se exige!
MUDANÇA… é a situação que se impõe!
TRABALHO… é o que se deseja!
SAÚDE… que nunca falte!
AMOR… para temperar TUDO!
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Bella Italia - Meia geografia!
Nesta incursão por terras transalpinas a exploração centrou-se particularmente nas províncias da Lombardia, Veneto, Emilia-Romana e Toscana. Geograficamente falando, e o rigor profissional impõe-se, o Norte de Itália.
As crónicas iniciam em Bergamo, local da aterragem a baixo custo. Daí e já com um bólide entre mãos, o destino seria Verona – a cidade dos namorados!
Este local, foi declarado património da humanidade pela UNESCO por causa da sua estrutura urbana e arquitectura: “Verona é um maravilhoso exemplo de cidade que se desenvolveu progressivamente e sem interrupções durante dois mil anos”. Verona é um dos locais onde se passa a história da peça Romeu e Julieta escrita por William Shakespeare. No centro da cidade existe a casa onde, pelo que conta a história, Julieta morava. Este é um grande marco da cidade, e é por este facto que recebe a fama de cidade dos namorados. Neste espaço e numa arcada de acesso à dita casa, os namorados de todo o mundo podem, grafitar o seu nome e nesse espaço escrever juras de amor eterno.
Duas horas de percurso por entre o centro da cidade, são o espaço de tempo suficiente, para respirar o seu ambiente romântico, boémio e pitoresco, que numa bela tarde de verão, nos invocam o desejo de deglutir uma ou duas bolas de gellati tradicionalle, cujos sabores nos transportam ainda mais para a essência romântica da atmosfera envolvente. As ruas pedonais pejadas e turistas, encaminham-nos naturalmente numa torrente de gente até à sua praça central, espaço de excelências para uma birra, gelatti ou souvenirs!
De novo de volante entre as mãos, o tempo passava e o céu começava a escurecer. O relógio não parava e o destino seguinte ainda estava um pouco longe- Pádua. Esta cidade, tal como a anterior com cerca de ¼ de milhão de habitantes, é hoje a sede de uma antiga e prestigiosa universidade -Universidade de Pádua, a cidade apresenta inúmeros testemunhos de um rico passado histórico, cultural e artístico. Actualmente a cidade é um importante centro económico, e um dos maiores centros de transporte intermodal de toda a Europa, pela posição geográfica que ocupa (central no norte de Itália e a meio caminho de toda a grande faixa mediterrânica da europa), oferecendo uma vasta zona de serviços nas suas múltiplas zonas industriais.
Entre outras coisas, a cidade é conhecida internacionalmente por ser a cidade onde Santo António famoso franciscano (?português/italiano?),também conhecido como Santo António de Lisboa/Pádua. A data de sua morte, 13 de junho, é festejada pelos lisboetas e pelos paduanos como a festa do Santo.
A primeira jornada estava completa, restava o descanso para, no dia seguinte continuar para outros destinos.
Ainda com o gás todo e movido pelo encantamento/curiosidade do próximo destino – Veneza, lá se seguiu viagem com o volante do Renault Twingo de azul berrante a responder na perfeição. Viagem curta e eis que… Venezia. Entrada por Piazza Roma e uma visão única do Gran Canal. A cidade foi formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no noroeste do mar Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, no qual sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges, os líderes da cidade. Como cidade comercial, tinha várias feitorias e controlava várias rotas comerciais do leste do mediterraneo.
Geograficamente falando Veneza ocupa uma localização excepcional numa lagoa do Mar Adriático, a lagoa de Veneza.O principal núcleo da cidade, o seu centro histórico, é constituído por um conjunto de ilhas no centro da lagoa. A estas ilhas no centro da lagoa há que juntar outras no estuário e também na parte continental. A cidade está coberta por mais de 150 canais, cerca 400 pontes e mais de uma centena de ilhas, estando localizada entre a foz do rio Ádige (a sul) e do rio Piave (a norte). O centro histórico é totalmente pedonal, ou melhor pedonal/canal aquático.
Mas a geografia territorial não explica tudo e a geografia emocional é um precioso complemento neste caso particular. O lugar é… único! De certa forma indiscritível, de certa forma… impensável! Ao percorrer o labirinto de ruas, vielas, praças, becos, sentimos uma incrível sensação de…orientação desorientada. Sabemos que nos levam a algum lugar, mas não a qual! Sabemos que caminhamos em direcção a algo, a algo… novo, diferente e mágico. A atmosfera que se respira envolve-nos e conduz-nos sem direcção a um modo de estar e sentir novo e diferente. Fluindo nesta atmosfera sentimos que, algo de incrivelmente superior é o responsável por aquela criação. Há locais únicos no mundo e este é seguramente um deles! Para quem faz do planeamento urbano sua forma de vida, Veneza é também uma lição. O seu sistema de transportes é também ele único. O barco clássico veneziano é a gôndola, quase só utilizado por turistas. A maioria dos venezianos agora viaja em barcos motorizados (vaporettos) que fazem viagens regulares ao longo das rotas principais dos canais da cidade e entre ilhas. O movimento faz-se a um ritmo desconcertadamente fluído, sem engarrafamentos, sem acidentes e com um fluxo a todos os títulos fantástico, frenético! Se é possível eleger algo que se destaque, então sou obrigado a referir a famosa Praça de S. Marcos, a zona de Rialto e a romântica ponte dos suspiros. A primeira, cujo nível da água, oscila e ora a inunda ora a mantém a descoberto, é uma grande porta de entrada, um espaço grandioso, imponente, que consegue albergar uma quantidade, quase infindável de turistas. Sentimo-nos pequeninos numa espécie de plataforma sob a água, qual barco carregado de passageiros O que muitos denominam de “le plus élégant salon d'Europe”. A zona de Rialto é a zona comercial por excelência e o movimento é “assustador”. É a mesmo tempo o melhor miradouro sobre o grande canal, na sua ponte majestosa. A Ponte de Rialto é a ponte em arco mais antiga e mais famosa. Por falar em ponte termino com a ponte dos suspiros, local emblemático e símbolo do amor. Quem por baixo dela passa com a sua cara metade, beijando-a nesse preciso momento, está destinado a ela ficar preso para toda a eternidade! Românticos estes italianos… ou o turismo assim o obriga!
Nota final: não se viu por lá a Angelina Jolie e o Jonnhy Deep, mas tudo o resto estava por lá, incluindo a máfia russa! Uma tarde em Veneza podia ser o título deste roteiro, mas provavelmente a noite veneziana também está repleta de encantos.
Segue a viagem a viagem em direcção a Ravenna, mas… o trânsito obrigou a uma mudança de planos, sendo Pádua novamente o destino, para mais uma jornada de descanso. O dia seguinte adivinhava-se longo e os objectivos eram ambiciosos: Bolonha, Florença, Písa, Parma e Milão. Mas que jornada…será que o brilhante Twingo azul berrante (agora cheio de insectos na parte dianteira) iria aguentar? Claro que sim…bastava apenas colocar benzina!
E lá fomos nós… litros de H2O na mala e segue a viagem até Bolonha. Nada a dizer sobre o local e o sentimento (de alguma desilusão) convidou-nos a seguir até Florença. A caótica Florença (em termos de trânsito, entenda-se) é considerada o berço do Renascimento italiano, e uma das cidades mais belas de Itália. Tornou-se célebre, também, por ser a cidade natal de Dante, autor da "Divina Comédia", que é um marco da literatura universal.
A Grande Catedral de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore ("Templo Principal") é considerada uma das mais belas da Europa. Destacam-se também as diversas e belíssimas catedrais de épocas e estilos diferentes. A cidade também é cenário de obras de artistas do Renascimento, como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Giotto, Botticelli, Donatello, entre outros, que nos espreitam a qualquer canto. É ainda conhecida pela cidade dos Médicis, cujo capital proporcionou a grandiosidade e diversidade do local. Neste destacam-se a “Ponte Vecchio” (Ponte Velha) é uma Ponte em arco medieval, famosa por ter uma quantidade de lojas (principalmente ourivesarias e joalharias) ao longo de todo o tabuleiro. Destaca-se também a “Galleria degli Uffizi”, que abriga um dos mais famosos museus do mundo, e cujas filas de entrada não faziam apelo ao convite. De referir ainda a “Basílica di Santa Maria del Fiore” é a catedral, ou Duomo. É uma das obras da arte gótica e da primeira renascença italiana, considerada de fundamental importância para a História da Arquitectura, registo da riqueza e do poder da capital da Toscana nos séculos XIII.
Percorrer Florença, ou Firenze soa a pouco, para um só dia. Permite visualizar os edifícios, porém entrar dos mesmos obriga a uma espera grande que não se compadece com um plano de viagem tão auspicioso. Segue-se Pisa… aí vamos nós (des)inclinar a torre! Carregar no acelerador, pois o caminho faz-se caminhando! Pouco tempo depois, após umas trincas numa fruta da época, aproximamo-nos do destino. O dia já estava longo e nada melhor que um gellatti (começa a fazer sentido o dito: um gelado por dia dá força e alegria!) e … que visão! A torre não é pequena e, segundo, aquilo é uma inclinação bem jeitosa! Mais uma vez o visto na realidade, supera as imagens mentais que produzimos ou que nos tentam “vender”. Só a realidade nos dá uma perspectiva real e impressionantemente realista da imponência de mais este monumento. Mais uma bela surpresa neste tour pela bella italia. A Torre de pisa, esta imponente obra de cerca de 55 metros de altura, com cerca de 16 mil toneladas tem actualmente uma inclinação de quase 4 graus, fruto de obras recentes, mas a sua inclinação chegou a ser de 5,5 graus.
Pisa é…isto! A Torre e todo o espaço envolvente (catedral de Piza e grande Praça). Como curiosidade geográfica de referir apenas que no dia anterior molhara os pés no mar adriático, agora, deixo-me inundar pelo mar da Ligúria (de costa a costa, como dizem os americanos no seu dicionário de basquetebolês). É chegada a hora de rumar novamente para o interior, atravessando desta forma montanhas íngremes que nos levam da capital do mármore até Parma (só de passagem, pois a noite acontecia e uma tempestade parecia vir a caminho, era o que diziam os inúmeros relâmpagos), até Milão, onde finalmente iriamos poder descansar… Porém tal não aconteceu! Um problema geográfico (orientação pessoal, aliada a uma penumbra nocturna e a uma chuva constante) fizeram com que o hotel de destino apenas fora encontrado 3 horas depois da chegada a Milão!!!! E apenas com a ajuda de uma taxista que nos guiou até lá, apenas por 25€! Muitas razões podem explicar esta incidência: a noite, a chuva, a imensidão de Milão e a minha teimosia que a cada passo que dava sentia que o local de destino estava muito próximo…eu sentia-o! Claro que ter levado um GPS tinha dado jeito… estúpido! Porra… Milão é enorme! Não o sabia…nem me tinha preparado devidamente. Desculpas geográficas…
Finalmente chegado ao destino…tinha uma brasileira a minha espera no hotel! Valha-me ao menos algo de bom! Entenda-se… na recepção do hotel, o que após tantas horas de cansaço, foi muito reconfortante não ter que arranhar/maltratar o italiano e … desabafar algumas asneiradas na língua de Camões!
Passada a turbulência da noite anterior restava continuar o plano traçado. Dar um salto até à fronteira suíça e descansar um pouco nas margens do lago Como. Depois das horas anteriores, a tranquilidade impunha-se e este revelou-.se um bom local para o efeito.
Embora sem o encanto do Inverno, tranquilizante q.b. para amainar o espírito. O roteiro seguia conforme o plano traçado e agora o destino era Milão. Com algumas reservas (fruto da experiência recente) impunha-se colocar de lado os receios e ir de peito aberto.
Milão é conhecida mundialmente como a capital do design, com maior influência global no comércio, na indústria, música, desporto, literatura, arte e media, tornando-se uma das cidades principais do mundo. A metrópole é especialmente famosa por suas casas e lojas de moda (como a Via Montenapoleone) e a Galleria Vittorio Emanuele na Piazza Duomo (o shopping mais antigo do mundo). Uma cidade internacional e cosmopolita e a sua Área Metropolitana tem cerca de 8 milhões de habitantes. Para além do ambiente marcadamente citadino, que é a pedra de toque da cidade, destacamos a Catedral de Milão (Duomo di Milano) situa-se na praça central da cidade de Milão é uma das mais célebres e complexas edificações em estilo gótico da Europa.
Destacamos ainda a igreja de Santa Maria delle Grazie famosa pela pintura “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, que foi pintada na parede do refeitório do convento. Destacamos ainda o Castello Sforzesco que é conhecido pelo castelo de Milão.
Actualmente acolhe várias colecções dos museus e galerias de arte da cidade, para além de nos deliciar com um frondoso espaço verde, convidativo a um descanso.
Regresso a Bergamo, entre mais uns geladitos e quase, quase a perder o avião de regresso!
Em suma… este périplo pelo norte de Itália foi bom.
1300Km depois fica a sensação que estará para breve a parte sul.
Qualquer dia… quem sabe!
Nunca esquecer:
"Não somos nós que fazemos as viagens, são elas que nos fazem a nós!
Isto... já ninguém me tira!
sábado, 11 de junho de 2011
Como sair de Repente para Kagar?
P.S. - As duas cidades ficam na Alemanha.
O QUE VOCÊ PENSOU NÃO ME INTERESSA....É MERA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Emprego: Desafios e Estatégias
BALANÇO DA JORNADA DE TRABALHO
Seminário “Emprego: Desafios e Estratégias” juntou várias entidades e mais de 90 pessoas para analisar e discutir a temática da empregabilidade.
Instituições de Matosinhos e do Porto realizaram iniciativa para apoiar a integração de formandos no mercado de trabalho
- Seminário decorreu no dia 19 de Maio, no auditório do CEFPI, no Porto
Instituições ligadas à área da formação – FOR-MAR, CFPSA e CEFPI – realizaram uma iniciativa que teve por objetivo facilitar a integração no mercado de trabalho de pessoas que têm investido na sua formação e que se encontram devidamente preparadas para acrescentar valor em qualquer organização. Assim, mais de 90 pessoas participaram no seminário “Emprego: Desafios e Estratégias” com a expectativa de poderem vir a tornar mais activo o seu esforço na pesquisa e conquista de emprego.
O Dr. António Pinto iniciou a sessão dando as boas-vindas a todos os presentes e agradecendo a todos aqueles que, direta ou indiretamente colaboraram nesta iniciativa, com especial destaque para o CEFPI, na pessoa da sua Directora, Dr.ª Olga Figueiredo, que graciosamente colaborou na cedência instalações que dirige. Para além deste destaque agradeceu igualmente aos representantes do CFPSA, Dr.ª Ana Almeida, e do FOR-MAR, Dr.ª Olga Vide todo o apoio prestado.
Esta jornada surgiu como culminar de uma actividade integradora no âmbito dos nossos cursos de Educação e Formação de Adultos de Nível Secundário. Foi destacado o papel de um formando (Daniel Lopes) que, após ter sido lançado o desafio de elaborar um cartaz para este evento, foi o vencedor desse concurso e que por essa razão, foi chamado ao palco para receber, da parte da equipa pedagógica, um prémio simbólico. Foi transmitida uma palavra de apreço para todos os outros participantes desse desafio, cujas propostas variadas, e algumas delas muito interessantes, nos prenderam a atenção e nos dificultaram a tomada de decisão final.
O Dr. António Pinto continuou o seu discurso de abertura explicando os objectivos deste encontro bem como a dinâmica do mesmo. De seguida partilhou com o público algumas ideias-chave associadas à temática deste encontro. A este propósito elencou algumas ideias-chave:
• Classificou o discurso político sobre o emprego como “hilariante, superficial, surreal e sustentado em premissas teóricas que pecam por não terem como base de sustentação, a realidade”.
• Continuou referindo que o desemprego é uma situação demasiado séria para ser utilizada como arma de arremesso política. Referiu que o mercado de trabalho tem estado em mutação! Por essa razão considera que a lógica face ao emprego tem obrigatoriamente que mudar levantando algumas hipóteses como: novas formas de redistribuição do lucro, novas e inovadoras formas de empreendedorismo, valorização da iniciativa individual, criação do próprio emprego, que terão de ser variáveis a equacionar.
• Acrescentou ainda que se assiste a um trabalho humano cada vez mais dispensável, e associa este facto a problemas graves de liderança. Olha-se para o trabalhador como recurso humano e não como ser humano. Este fenómeno, acrescentou, associado a valores cada vez menos éticos que em vez de valorizar a lógica do mérito, valoriza e encoraja a lógica do amiguismo e do compadrio, transformando o mercado de trabalho numa espiral de mutações cíclicas de emprego/desemprego, onde só os mais persistentes/capazes conseguirão sobreviver;
• Finalizou com uma palavra de esperança e coragem para todos os que se encontravam na sala, referindo que, continua a acreditar, que o trabalho sério compensa, e a luta, a persistência e uma atitude ativa e pró-ativa terá os seus frutos, podem até não ser visíveis a curto prazo, mas que um dia chegarão.
Terminou a sua apresentação com um pensamento de Henry Ford:
“O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência.”
Seguiram-se algumas breves frases dos vários representantes das entidades presentes, cujas palavras de encorajamento e enaltecimento da presença de todos neste espaço, simboliza nada mais do que vontade de mudança e um primeiro passo para adquirirem mais e melhores competências, melhores estratégias para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Assim, usaram da palavra as doutoras Olga Figueiredo, Olga Vide e Ana Almeida, respectivamente do CEFPI, FOR-MAR e CFPSA.
Entrando na jornada de trabalho/reflexão propriamente dita, a sessão começou com a apresentação do trabalho do Dr. António Pinto intitulado ”Percalços, percursos, emprego…” um case study sobre a experiência de trabalho e resultados alcançados com as iniciativas de Educação e Formação de Adultos (EFA) de Nível Secundário (NS) dos cursos de Técnico/a Administrativo/a. Esta apresentação teve como principais objetivos: relatar experiências em contexto de Educação e Formação de Adultos, avaliar resultados alcançados, refletir sobre a importância do trabalho desenvolvido, valorizar o impacto das iniciativas EFA, bem como, aferir dos impactos da formação no mercado de trabalho.
Segundo o estudo apresentado no seminário, 75 por cento dos formandos de cursos EFA NS do FOR-MAR conseguem entrar no mercado de trabalho num período de seis meses após a conclusão do curso, sendo que mais de 60 por cento destes empregaram-se nos primeiros três meses. Um outro facto importante é que a grande maioria dos formandos empregados conseguiu colocação na sua área de formação. Com ou sem ligação anterior à área de especialização, os técnicos administrativos que são “lançados” no mercado de trabalho procuram colocação nesta área (valor acima de 70 %), valor que enche de orgulho toda a equipa formativa que colabora no desenvolvimento das competências, quer de formação de base, quer nas tecnológicas dos formandos. Antes de finalizar, foram relatados alguns testemunhos de ex-formandos, cujos casos de sucesso de integração no mercado de trabalho mereceu destaque e espaço nesta apresentação. A atenção recaiu sobre o testemunho pessoal do ex-formando José Veiga, cujo percurso quer formativo quer profissional de sucesso, foi apresentado e partilhado com o público.
Seguidamente ao “cookie break” (gentilmente oferecido pelos formandos do CFPSA), usou da palavra a Dr.ª Olga Figueiredo (CEFPI) que ilustrou o tipo de trabalho que desenvolve naquela instituição com o público específico com quem trabalha, bem como as saídas profissionais e preocupações de inserção dos seus formandos no mercado de trabalho. Explicou de forma detalhada todo o trabalho do centro - Centro de Educação e Formação Profissional Integrada que é um centro de gestão participada, resultante de um protocolo entre o IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional e o MADI - Movimento de Apoio ao Diminuído Intelectual, que desde 1981 promove respostas no âmbito da formação e emprego de pessoas com necessidades especiais, provenientes de toda a zona norte. Ao longo da sua existência tem contribuído para a melhoria da qualidade de vida e integração socioprofissional do seu público, interagindo com as famílias, o tecido empresarial e a comunidade.
A apresentação feita pela Dr.ª Olga Figueiredo, “Histórias no singular” baseou-se na apresentação de um pequeno filme onde mostrou todo o trabalho e acção desenvolvida no seu centro. Momento muito interessante que “prendeu” o público à cadeira e cujo sentimento geral parece ter sido no sentido do enaltecer e valorizar todo o trabalho realizado naquele centro.
O seminário continuou com a intervenção da Dr.ª Ana Almeida, intitulada – "PerCursos EFA - Em busca do mercado de trabalho perdido" que nos conduziu de uma forma mais ou menos “épica” pelos instrumentos/competências e preocupações que devem estar subjacentes a um “perfil” não só profissional, mas também de desenvolvimento pessoal e social associados a um qualquer formando num percurso de formação. Foi enfatizada a preocupação de se passar para os formandos esta ideia de formação integral do indivíduo como mais-valia para o sucesso na integração no mercado de trabalho. Acrescentou a interlocutora que esta é uma primeira preocupação e por vezes uma primeira batalha, um primeiro passo na selecção e encaminhamento dos formandos e a primeira desmistificação que é preciso efectuar, pois entende e é lógica do Centro, trabalhar essas duas variáveis de forma indissociável. De seguida foi proposto pela Dr.ª Ana um exercício que pretendia ilustrar esta sua ideia e que despertou em cada um dos presentes esta visão mais lata do processo formativo, no sentido de cada um “agarrar” todas as oportunidades que por vezes nos passam diante dos olhos e que, não estando despertos para elas, não as vemos. Seguidamente foi apresentado um testemunho pessoal de um caso de sucesso proveniente de um curso EFA NS de Técnico de Cozinha e Pastelaria, na voz da ex-formanda Nélia Coelho, que através de uma iniciativa de criação do próprio negócio, nos mostrou mais uma opção e uma nova forma pró-ativa de encarar o mercado de trabalho. Narrou-nos a aventura do seu percurso pessoal, profissional e formativo, este último que não terminou com o percurso EFA NS, mas que implicou um conjunto de formações de aperfeiçoamento que frequenta até hoje, e cujos “ensinamentos” lhe possibilitaram desenvolver o seu projecto de trabalho.
Com esta experiência deu-se por encerrado o momento de partilha da parte da manhã. A aventura seguiria após o almoço, agora com outra direcção, com diferentes rumos, diferentes possibilidades que se abrem aos nos formandos em final de percurso de secundário.
Na segunda parte, o seminário foi retomado com a apresentação, de diversas opções formativas de nível superior, o ISCAP, feita pela Dr.ª Zita Romero. Esta apresentação visava conduzir até aos formandos a ideia de que o percurso EFA NS não é necessariamente o fim, mas há oferta, quer seja de especializações, licenciaturas, mestrados ou pós-graduações, que podem ser caminhos a explorar, nomeadamente através da entrada nesse mundo pela iniciativa “maiores de 23” cuja procura e número de vagas tem vindo a aumentar. A Dr.ª Zita explicou esse processo e esclareceu as dúvidas que foram surgindo na plateia. Os cursos que despertaram mais interesse foram: Assessoria e Tradução, Comércio Internacional e Comunicação Empresarial (alvo preferencial dos formandos Técnicos administrativos) e o Curso de Gestão de Atividades Turísticas (alvo preferencial dos formandos de Cozinha e Pastelaria) cuja explicação do seu conteúdo e funcionamento, provocou um momento hilariante na sala, quando uma intervenção espontânea referiu “que aquilo que fazem na licenciatura, nós já fazemos no nosso curso de Técnico Administrativo”. Esse apontamento de alguma graça significou muito mais do que a mera piada e, tal como logo de seguida referiu o Mediador do Curso EFA NS Técnico Administrativo, Dr. António Pinto, este facto só vem provar o grau de exigência e seriedade que colocamos no nosso processo. Esta lógica de exigência poderá ser uma explicação para o sucesso no mercado de trabalho alcançado pelos nossos formandos, tal como foi referido na primeira intervenção do dia.
A Dr.ª Zita disponibilizou-se no esclarecimento de dúvidas que foram surgindo através de uma linguagem muito simples e clara, agradecendo o convite e disponibilizando-se para qualquer outra iniciativa do género ou similar.
A jornada encaminhava-se para o fim, não sem antes se realizarem dois workshops que visavam também eles dotar os formandos de mais e melhores competências para enfrentar o mercado de trabalho. Antes da divisão do grande grupo, o Dr. António Pinto procedeu ao encerramento formal deste encontro, agradecendo a presença de todos, convidados e participantes, na esperança de que tenha sido uma atividade pertinente, principalmente para estes últimos. Os participantes foram então divididos, mediante suas inscrições prévias, e encaminhados para os respetivos workshops.
Um dos workshops foi dinamizado pelo Eng.º Miguel Salgado e Dr.ª Gisela Ferreira, e a temática abordada consistia na “ “Elaboração do Curriculum Vitae On-line”. Contou com cerca duas dezenas de participantes com manifesto interesse no desenvolvimento de competências associadas a este tema. A sessão correu muito bem e os participantes mostraram-se ativos, curiosos e dinâmicos num percurso pela construção do Curriculum Vitae de Fernando Pessoa, cuja vida e obra serviu de base para a exploração desta temática. A sua exploração obedeceu a alguns objetivos de partida: o que é um curriculum vitae, quais os seus objectivos, quais os seus elementos essenciais. Para além desta introdução, foram desenvolvidas questões em torno da organização e cuidados a ter na sua elaboração. Feita esta introdução, o workshop excelentemente conduzido simulou a concretização de um curriculum baseado no modelo europeu (Europass), tendo sido fornecidas dicas no preenchimento de cada um dos seus campos. Certamente que todos os participantes saíram enriquecidos com esta partilha de trabalho, e verão este elemento decisivo para obtenção de entrevista de emprego com outra perspetiva.
A entrevista de emprego foi a justamente a temática central do outro workshop, dinamizado também de forma brilhante pela Dr.ª Ana Fonseca – “Como preparar-se para uma entrevista de emprego”. Contando com a presença de mais de quatro dezenas de participantes o objectivo central consistia em dotar os participantes de competências ao nível do saber-fazer, saber-estar e saber-ser numa entrevista de seleção de emprego. Percorreram-se as diversas fases de uma entrevista: preparação da entrevista, preparação de material de apoio à mesma, a importância do conhecimento da empresa/instituição, desenvolvimento de uma estratégia de marketing pessoal, bem como atitudes e comportamentos adequados na própria entrevista e ainda uma desejável reflexão pós-entrevista. Através de simulação e metodologias activas, os participantes constataram que todos os pormenores podem ser decisivos numa lógica de conquista de emprego.
Esta jornada finalizou com a sensação de dever cumprido, ficando a sensação de que estes momentos de partilha foram muito proveitosos e enriquecedores para todos os participantes. Muito obrigado a todos por fazerem parte do nosso sucesso!
Até qualquer dia, num outro qualquer lugar… estaremos por aí!
“ Todo o trabalho tem em si mesmo a sua misteriosa recompensa”. (Lerberghe)
António Pinto apintogeo@gmail.com
Cá fica a reportagem...
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Exige muito de ti e espera pouco dos outros!
Esta frase célebre tem em si algo tão simples. É na simplicidade que estão as coisas mais belas. Na simplicidade das palavras, na simplicidade dos gestos, na simplicidade dos actos, na simplicidade do dar e na igual simplicidade de receber.
Se por um lado a frase tem toda uma lógica e razão de ser, não deixa de ser, igualmente, um pensamento cruel, corrosivo e auto-destruidor pois parte de uma principio de sobrevalorização do eu em relação ao outro, na capacidade que o eu dispõe e que jamais o outro irá dispor!
Exigir muito de nós próprios é algo expectável, algo essencial, é em si próprio uma razão de vida! Esperar o mesmo dos outros é uma utopia, pois os outros, esperam eles próprios algo de si que não tem necessariamente a ver com o que nós esperamos dele!
Confuso? Muito... assim são as relações humanas!
Para além de tudo isto existe o facto de quando exigimos muito de nós próprios elevamos demais a fasquia em relação ao que exigimos dos outros. É legítimo? Ainda não sei responder a essa questão. Estou a começar a esboçar uma teoria!
O duro, o difícil, é a gestão de expectativas em relação ao que nos podem dar os outros. Criámos expectativas em função daquilo que queremos, daquilo que damos, mas isso não significa que sejam na medida do que recebemos. Temos por princípio natural e inerente achar que estamos exportar mais do que importar, isto é que damos mais do que recebemos, mas isso pouco importa (trocadilho giro), as relações humanas não se baseiam em conceitos económicos, embora muitas delas se norteiem por critérios desse tipo (mas isso são outras histórias... afinal de contas "diamonds are the girls best friend").
Voltando ao pensamento anterior - gestão de expectativas - é sem sombra de dúvidas uma competência de difícil aquisição! Gerir expectativas que envolvam emoções é uma tarefa ainda mais complicada. Percebem agora todo o sentido da frase inicial. Mas é aí que está a piada! Podia ser fácil? Podia...mas não era a mesma coisa. Nem tudo pode correr como nós queremos, pelo menos a este nível! Temos que gastar algumas energias a pensar numa solução para este tipo de dilemas. Temos de ser capazes de treinar nossa mente para estes cenários, temos de "coaching" o nosso sistema cerebral para estes desafios... temos de... saber viver com a desilusão (mas só depois de esgotadas todas as opções anteriores!), temos de caminhar, crescendo, evoluindo, desenvolvendo capacidades que até nós próprios julgamos, por vezes, não possuir e isso é VIVER!
Temos de nos alegrar com o que temos, lutar pelo que ainda não temos. Temos que dar tudo e esperar que nos dêem... algo. Temos que saber, humildemente, exigir dos outros, mas acima de tudo temos a obrigação de exigir tudo de nós mesmos.
Voltando ao princípio...
Se o objectivo é querer deixar de ter aborrecimentos o caminho é fácil - não acreditar na humanidade e ser mais um entre a "carneirada"! Se por outro lado queremos ser diferente, fazer diferente, fazer mais e melhor, deixar uma marca... então a solução é exigir muito de nós próprios e esperar ter algo dos outros. O algo é uma parte do todo...pode ser que um dia chegue a ser todo!
Apeteceu-me!
sábado, 11 de dezembro de 2010
Qual a razão da pouca escrita?
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Geografia(s) da Europa...
Estes dias, deambulando pelo velho continente, permitiram descobrir experiências, sempre a cada momento, engrandecedoras, enriquecedoras, que nos incorporam tomando a forma de nós mesmos... fazendo parte daquilo que, agora, somos!
Mais do que 1000 palavras, algumas imagens podem ilustrar vidas, paisagens, momentos, flashs de vivências e experiências únicas.
Olhem só... Lembram-se do Danúbio Azul. Ei-lo captado pela minha câmara. Uns dizem que só o vê azul quem está bêbado, ou apaixonado. Garanto-vos que nunca estive alcoolizado.
Esta foto, do quarto do hotel em Budapeste, foi um captar de um momento quase único, pois o mesmo rio jamais se deixou ver nessa cor.
Melhor do que a foto, apenas a imagem real que perdurará por muitos anos na memória.
O périplo iniciou-se em Praga (Rep. Checa). Esta cidade, sede de protagonismo em demasia em tempos idos, continua a "jorrar" memórias, testemunhos, episódios que nos prendem em cada canto, para cada lugar que se olha. Sejam palácios, igrejas, catedrais, capelas, ordens religiosas (uma infinidade, um exagero, tanto mais para quem se diz o "povo mais ateu do mundo"!), pontes, torres, brazões, estátuas, encantos vários... tudo arranjadinho muito ao jeito do "small is beatiful" que permite em percursos pedestres ligeiros, explorar todos os encantos e misticismo... e quão mística se mostrou Praga! Todas as pedras, todos, os edifícios, todas as arcadas, todos os pináculos têm uma lenda associada. Em cima deixo o símbolo maior de Praga, aquilo que lhe confere ainda mais originalidade - a famosa Torre do Relógio Astronómico, que de hora em hora, aglutina junto se si milhares de pessoas, para assistir ao espectáculo também ele místico, com esqueletos a tocar o sino, com santos e outras figuras a deambular diante de nossos olhos.
Tudo explorado e ... a viagem continua. Deixando Praga para trás, rumando em direcção a Brno, passando por Lednice (património da Humanidade, outrora porção de território do Liechestein... hoje disputado juridicamente) até chegar a Bratislava, depois de atravessada a fronteira, que há bem pouco tempo não o foi, chegamos à Rep. Eslováquia. Com sua capital a transpirar ternura, num estilo minimalista, percebe-se as diferenças em relação aos anteriores companheiros de pátria. Há independências que se percebem de forma clara, num estilo "muito mais é o que nos separa do que aquilo que nos une".
Em breves instantes e quase que, bastando esticar o pé, conseguimos tocas em 4 países: Rep. Checa, Eslováquia, Hungria e Áustria. Mas o rumo conduziu-nos até à Hungria, mais precisamente a Gyor. Cidade também ela abençoada pelo Danúbio, que nos acompanha desde Bratislava, corresponde a uma cidade média num misto entre história e modernidade, cuja serenidade se faz sentir. Primeira hipótese de provar o Goulash, mas com os 40º teve de ficar para outra altura.
O caminho faz-se caminhando e a viagem teve de seguir... Budapeste esperava-nos! Eis que o entardecer nos fez chegados à outra capital imperial, para os locais... a grande capital imperial. Se é, ou foi, a maior capital imperial, deixo para os historiadores descobrirem. Foi para mim, a capital desta viagem. Foi a maior surpresa de todo este percurso. Uma coisa de "paixão", um enamoramento, uma química que ía sentido ao conhecê-la, hora após hora, canto após canto, luz após luz...
Budapeste possui uma grandiosidade milenar, possui monumentos imponentes, únicos espalhados um pouco por toda a cidade. Esta grandeza não pode ser dissociada dos tempos áureos do Império Austro-Húngaro, em que Budapeste dividia o protagonismo com Viena, como capital do Império. Dividia o protagonismo mas não o coração do imperador, este pró-Viena, não era correspondido nessa paixão, pela imperatriz - a famosa Sissi, que tinha em Budapeste todo o luxo e requinte que pretendia.
Mas Budapeste não é só história, não é só grandiosidade, não é só palco onde tudo aconteceu: guerras, batalhas, disputas, revoltas, a cidade é mística, feiticeira, alternativa! Óptima para andar a pé, saltando de margem em margem do rio mais europeu -Danúbio, também ele mágico, elegante e cultural.
Falta o pulinho até à àustria (continua...)
Para terminar a viagem: última paragem: Zurich! Aqui, terminamos com a boca doce, pois os chocolates apoderam-se de nós e tudo o resto ficou...
quinta-feira, 8 de julho de 2010
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08-07-2010